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CPMI ouve filho de ex-diretor do INSS investigado por fraudes em descontos de aposentados

A CPMI do INSS ouve, nesta quinta-feira (13), às 9h, o advogado Eric Fidelis, filho do ex-diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), André Fidelis, investigado por envolvimento em fraudes nos descontos associativos de aposentados e pensionistas. De acordo com o presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG), a expectativa é de que o depoente esclareça a relação dele e a do pai com o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS”, apontado como um dos principais articuladores do esquema de repasses a associações suspeitas. Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e da Polícia Federal (PF) indicam que o escritório de advocacia de Eric movimentou mais de R$ 12 milhões desde a fundação, em junho de 2022, enquanto o advogado, em contas pessoais e empresariais, teria movimentado R$ 23,5 milhões entre fevereiro de 2023 e julho de 2025. Parte dessas transações é considerada suspeita e estaria ligada a pagamentos ilícitos que beneficiariam o pai, André Fidelis, durante o período em que ocupava cargo de direção no INSS. Em depoimento anterior à CPMI, o Careca do INSS admitiu ter firmado contratos com empresas ligadas a familiares de servidores

Carlos Viana critica decisão do STF que garantiu silêncio a suspeito de fraudes no INSS

A CPMI do INSS ouviu, na segunda-feira (10), o empresário Igor Dias Delecrode, apontado como uma das peças centrais do esquema de fraudes em descontos indevidos em aposentadorias e pensões. Dirigente da Associação AASAP e sócio de empresas de tecnologia da informação, ele é acusado de desenvolver sistemas usados para falsificar assinaturas e burlar a biometria do INSS, conferindo aparência de legalidade às cobranças feitas contra os beneficiários. Delecrode compareceu amparado por um habeas corpus concedido pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que garantiu o direito de permanecer em silêncio e de não assinar o compromisso de dizer a verdade. A decisão do STF foi criticada pelo presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos-MG). “Tudo que nós já avançamos, tudo que mostramos ao Brasil, toda uma investigação feita de forma transparente e correta, e mais um habeas corpus do STF deixa uma pessoa em silêncio diante do que a população tem o direito de saber”, lamentou o senador. Irritado com a falta de respostas, o relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), pediu a apreensão do celular do depoente, o que foi prontamente acatado pelo presidente Viana. Segundo o relator, o empresário seria o “coração tecnológico” do

CPMI do INSS mira núcleo político, aprova prisões e quer acareação entre investigados

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), afirmou nesta quinta-feira (6) que a comissão chega à etapa mais sensível do trabalho: a apuração do núcleo político envolvido no esquema de fraudes em descontos previdenciários que atingiu aposentados e pensionistas em todo o país. Segundo o presidente, o grupo operacional criminoso já foi identificado, e agora a prioridade é revelar quem ofereceu sustentação política para que o esquema se mantivesse ao longo de diferentes governos. “Já sabemos quem executava as operações e os depósitos. O núcleo criminoso operativo está mapeado. Agora queremos saber quem indicou essas pessoas e o que receberam em troca para permitir o roubo de aposentados”, afirmou Viana. Depoimento de ex-ministro O ex-ministro da Previdência Onyx Lorenzoni foi ouvido pela CPMI do INSS nesta quinta-feira. Ele falou sobre a doação para a sua campanha de 2022 de R$ 60 mil do empresário Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios, entidade investigada por desvio de recursos de aposentados.Onyx negou qualquer irregularidade, afirmou que as contas foram aprovadas pelo TRE-RS e disse nunca ter tido contato com o doador. Durante o depoimento, o relator Alfredo Gaspar (União-AL) também questionou o ex-ministro sobre a atuação

CPMI do INSS prende presidente da CBPA após contradições sobre fraudes em descontos

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), determinou a prisão em flagrante de Abraão Lincoln Ferreira, presidente da Confederação Brasileira dos Profissionais Autônomos (CBPA), ao final do depoimento desta segunda-feira (3). A decisão ocorreu após o relator do colegiado, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), acusar o depoente de mentir e omitir informações durante a oitiva. Segundo Gaspar, Lincoln apresentou versões contraditórias e omitiu fatos relevantes, inclusive sobre o motivo de sua saída da Confederação Nacional dos Pescadores e Aquicultores (CNPA). O dirigente declarou ter renunciado ao cargo, mas, conforme documentos obtidos pela CPMI, foi afastado por decisão judicial. Ele também teria mentido ao afirmar desconhecer Antônio Carlos Camilo Antunes, o “Careca do INSS” — apontado como um dos principais articuladores do esquema de fraudes —, mas acabou admitindo o vínculo em outro momento da sessão. O relator ainda destacou inconsistências nas informações sobre a relação de Lincoln com o tesoureiro da CBPA, Gabriel Negreiros, e sobre a procuração concedida a Adelino Rodrigues Júnior, que possuía amplos poderes para movimentar recursos da entidade.  Durante o depoimento, Abraão Lincoln permaneceu em silêncio em grande parte das perguntas, o que gerou críticas dos parlamentares. Carlos Viana o advertiu diversas vezes para

Projeto de Carlos Viana que amplia apoio a alunos com autismo e doenças raras avança no Senado

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) aprovou, nesta terça-feira (28), o projeto de lei do senador Carlos Viana (Podemos-MG) que garante a remuneração de equipes multiprofissionais responsáveis pelo atendimento de alunos com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras nas escolas públicas de todo o país. Os recursos para o pagamento desses profissionais virão do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb). Atualmente, a legislação permite a remuneração apenas de profissionais com formação em psicologia ou serviço social que integrem essas equipes. O PL 1392/2025 amplia essa autorização para incluir outros especialistas essenciais ao atendimento dos estudantes que demandam acompanhamento mais específico. “Esses alunos necessitam de suporte especializado, devido às complexidades do autismo e de outras condições raras. As equipes multiprofissionais são fundamentais no diagnóstico e no acompanhamento, oferecendo intervenções em áreas como comunicação, regulação emocional e interação social. Ao utilizar o Fundeb para custear esses profissionais, garantimos que as prefeituras possam dar a devida atenção a esses estudantes e assegurar o pleno acesso à educação”, destacou o senador, ao lembrar que a proposta foi solicitada pelo prefeito do município de Ouro Fino, Toninho Miguel. O projeto segue agora para

CPMI pode pedir prisão de testemunhas que não comparecerem a depoimentos, diz Viana

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos–MG), anunciou na sessão da Comissão de quinta-feira (23) que pedirá a prisão temporária de testemunhas convocadas que não agendarem seus depoimentos até o final de semana. Segundo Viana, a medida é necessária para garantir o avanço das investigações sobre as fraudes que desviaram bilhões de reais de aposentados e pensionistas. Entre os convocados que ainda não compareceram estão: Mauro Palombo Concílio, contador de empresas suspeitas; Vinicius Ramos da Cruz, cunhado do presidente da Conafer; Silas da Costa Vaz, ligado à mesma entidade; Cecília Rodrigues Mota, ex-presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas Nacional (Aapen); e o empresário Danilo Berndt Trento, também citado nas apurações. “Quero solicitar aos advogados dessas pessoas que entrem em contato com a secretaria e marquem as datas para oitivas. Se isso não ocorrer até o fim de semana, colocarei em votação o pedido de prisão junto à Justiça Federal, para que sejam conduzidos pela polícia e trazidos a esta CPMI”, afirmou Viana. Presidente da CPMI rebate ministro da Previdência Durante a reunião, o senador também rebateu as críticas do ministro da Previdência, Wolney Queiroz, que, em entrevista à Rádio Itatiaia, classificou a CPMI como “pirotecnia da

CPMI do INSS ouve ex-procurador-geral e empresária investigados por fraudes na Previdência

A CPMI do INSS ouvirá, nesta quinta-feira (23), a partir das 9h,o ex-procurador-geral do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) Virgílio Antônio Ribeiro de Oliveira Filho, e a esposa dele, a empresária Thaisa Hoffmann Jonasson. Os dois são investigados por suposto envolvimento em um esquema de desvios e descontos irregulares em benefícios de aposentados e pensionistas. As investigações da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) apontam que Virgílio Filho teria recebido, por meio de empresas e contas bancárias ligadas à esposa, cerca de R$ 11,9 milhões de entidades e empresas associadas ao esquema. Ele foi afastado do cargo em abril, por decisão da Justiça Federal, no mesmo dia em que foi deflagrada a operação que apura fraudes na Previdência. A empresária Thaisa Hoffmann, sócia da THJ Consultoria Ltda. e de outras empresas, deve ser questionada pelos parlamentares sobre as transações financeiras que teriam sustentado o desvio de recursos. Segundo a AGU e a Polícia Federal, empresas em nome de Thaisa teriam atuado na intermediação de pagamentos e movimentação de valores suspeitos, compondo o núcleo financeiro do esquema. O presidente da CPMI, senador Carlos Viana (Podemos–MG), afirmou que os depoimentos desta quinta-feira são estratégicos para esclarecer como funcionava o

Carlos Viana destaca independência da CPMI do INSS e defende transparência nas apurações

A CPMI do INSS, presidida pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG), ouviu nesta segunda-feira (20) dois depoimentos que reforçaram a dimensão do esquema de fraudes em descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas. Foram ouvidos a advogada Tônia Andrea Inocentini Galleti, assessora jurídica do Sindnapi, e Felipe Macedo Gomes, ex-presidente da Amar Brasil Clube de Benefícios Ambos são apontados pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) como participantes de um sistema que movimentou centenas de milhões de reais em cobranças irregulares. Os dois conseguiram habeas corpus (HC) no Supremo Tribunal Federal para que ficassem em silêncio em temas que poderiam incriminá-los. Durante o depoimento de Tônia Galleti, o relator deputado Alfredo Gaspar (União–AL) apontou que familiares da advogada teriam recebido mais de R$ 20 milhões do Sindnapi. Tônia, filha do ex-presidente da entidade João Batista Inocentini, admitiu que empresas de parentes prestaram serviços ao sindicato, mas negou qualquer irregularidade. “Minha família trabalhou. Pode-se achar imoral, mas não é crime, porque havia trabalho”, declarou Tônia, que afirmou ter recebido 85 mil procurações de associados. O presidente Carlos Viana classificou como “moralmente inaceitável” a movimentação de milhões de reais, em família, em entidades que deveriam proteger os aposentados. “Essa

Aprovado projeto do senador Carlos Viana que amplia acessibilidade em ambulâncias e transporte de pacientes

A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado aprovou nesta quarta-feira (24) o Projeto de Lei 5.559/2023, de autoria do senador Carlos Viana (Podemos-MG), que garante a obrigatoriedade da acessibilidade em veículos de transporte de saúde em todo o país. A proposta recebeu o nome de “Lei Bendito Pedro”, morador de Bueno Brandão, no Sul de Minas Gerais, que sugeriu ao senador a proposta, no final de 2023. Pelo texto aprovado, veículos de transporte de pacientes, ambulâncias e demais serviços de saúde deverão cumprir os requisitos de acessibilidade previstos em normas técnicas específicas, assegurando condições adequadas para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida e outros grupos vulneráveis. Segundo o senador Carlos Viana, a medida busca eliminar barreiras que hoje dificultam o acesso de muitos cidadãos ao atendimento médico. “A acessibilidade não é apenas uma questão de conveniência, mas um imperativo ético e social. É garantir dignidade, igualdade de oportunidades e respeito a todos que necessitam dos serviços de saúde”, afirmou. A relatora do projeto na CDH foi a senadora Mara Gabrilli. O projeto segue agora para análise da Comissão de Assuntos Sociais em decisão terminativa. Foto: Agência Senado

“Mentiu, se contradisse e ocultou documentos”, diz Viana ao decretar prisão de economista na CPMI do INSS

Após mais de sete horas de reunião nesta segunda-feira (22), o presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), decretou a prisão em flagrante, por falso testemunho, do economista Rubens Oliveira Costa, apontado pelas investigações com sócio de várias empresas de Antônio Carlos Camilo, o “Careca do INSS”. A Polícia Legislativa executou a prisão, uma vez que Costa é suspeito de envolvimento em fraudes contra aposentados e pensionistas. O depoente foi questionado por cerca de 30 parlamentares, mas, amparado por um habeas corpus concedido pelo STF, se recusou a responder à maioria das perguntas. E para o presidente da CPMI, Costa negou a prestar informações sobre o suposto esquema de descontos indevidos em aposentadorias e pensões, mentiu, se contradisse e ocultou documentos. “Diante das mentiras constatadas, das contradições flagrantes, da ocultação de documentos, está caracterizado o crime de falso testemunho. Na condição de presidente desta comissão, diante do flagrante delito, eu dou voz de prisão ao depoente pelo crime de falso testemunho e determino que a polícia legislativa proceda imediatamente a condução do preso com todas as garantias constitucionais e que seja comunicado à autoridade judicial”, disse Viana. O relator da comissão, deputado Alfredo Gaspar (União-AL), também solicitou a