Uma espera de décadas. Muitos já não acreditavam mais. No entanto, com planejamento, diálogo e muito trabalho os obstáculos vão sendo vencidos. A afirmação é do senador Carlos Viana, após a liberação dos recursos para construção da linha 2 do metrô de BH, entre Calafate e Barreiro.
“Um novo trilho para quem acredita no futuro. Eu sempre acreditei. E sempre lutei para que chegássemos a esse dia. Desde antes de entrar no Senado Federal já trabalhava para que o metrô de BH se tornasse o principal meio de transporte dos moradores da capital e da região metropolitana de BH”, conta o senador Viana.
Para que todos saibam como foi o trabalho do senador Carlos Viana para viabilizar a modernização do metro, explicaremos:
Em 2018, após a eleição, o senador encontrou-se com o Eliseu Padilha, então ministro da Casa Civil do governo Michel Temer. Na reunião, Carlos Viana pediu para que o governo federal não aumentasse o preço das passagens do Metrô de BH de uma única vez. Pedido atendido! A passagem subiu, mas de forma escalonada, sem impactar de forma pesada no bolso dos mineiros.
Ainda antes de tomar posse, o senador Carlos Viana visitou o ministro do Desenvolvimento Regional (MDR), Gustavo Canuto. O MDR é a pasta responsável, juntamente com o ministério da Infraestrutura, por viabilizar a modernização do metrô.
Em 2019, foram dezenas de reuniões com ministros, com o presidente da República e com todos os envolvidos. “Fui várias vezes aos ministérios, sempre levando a demanda do metrô e de toda a população de BH e região para acharmos soluções. A minha insistência fazia com que o governo federal jamais esquecesse que teria que encontrar uma saída para o Metrô”, diz Viana.
Mais um ano chegou. Mais um ano de atraso e do aumento das angústias do povo mineiro que tanto precisa do metrô para trabalhar, para ir ao médico, para passear, enfim, para ter um transporte de qualidade. Mas foi em 2020 que as luzes começaram a aparecer.
Após outras dezenas de encontros com ministros, o governo federal fez um compromisso com o senador Carlos Viana e com a bancada de Minas Gerais de que o assunto estava praticamente resolvido. O dinheiro das multas pelo não uso de ferrovias da empresa FCA seria totalmente destinado para a construção da nova linha e modernização da atual linha do metrô de BH. “As multas giravam em torno de R$ 1.2 bi e seriam suficientes para as obras. Foi uma esperança, mas infelizmente por burocracia e pela não aceitação por parte de terceiros, como Prefeituras de outras cidades que reivindicaram parte destes recursos, o acordo não prosperou e mais uma vez perdemos a chance de ter o dinheiro para o metrô”, explica Carlos Viana.
Em 2021, novas ideias e soluções foram apresentados. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do Programa de Parcerias e Investimentos (PPI) realizou estudos e pesquisas e concluiu que seria possível privatizar a CBTU-MG, levando o metrô de BH para a iniciativa privada e assim ter o dinheiro necessário para ampliação do metrô.
No estudo do BNDES, ficou definido que seria preciso cerca de R$ 3.2 bi para o início das obras do metrô. Deste total, R$ 2.8 bi do orçamento do governo Federal, projeto aprovado, e mais R$ 400 milhões do governo estadual, que a muito custo e com mais de um ano de atraso, resolveu ajudar.
Do total do recurso, cerca de R$ 1.6 bi serão usados para sanear as dívidas da CBTU-MG e também para modernizar a linha 1, e o restante para a construção da linha 2. O edital será lançado neste semestre, e no início do ano de 2022 será possível saber qual a empresa vai fazer a obra.
“Volto a repetir. Nunca desisti. Acreditei e sigo acreditando. Trabalhei muito para chegar esse dia e poder dar essa notícia. São 30 anos de espera. Contem com o nosso trabalho para o desenvolvimento de Minas em todas as áreas”, finaliza Viana.