O Norte de Minas Gerais segue sendo uma região que atrai grandes investimentos em energia solar. Somente, nesta semana, uma empresa norueguesa anunciou que irá investir R$ 350 milhões na construção de um parque de geração de energia fotovoltaica na cidade de Pintópolis.
A potencialidade da região para a energia limpa é um assunto ressaltado pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG) desde 2018, em diversas visitas à região na campanha para o Senado. “Todas as vezes que estive no Norte de Minas, deixei claro que a região, pela localização e grande incidência do sol, seria uma potência na energia limpa e poderia ser auto suficiente. E isso vem se comprovando, não somente com a chegada dessa nova usina, mas também com outras que já se instalaram aqui e que são as maiores do Brasil”, disse.
Ainda durante as viagens pelo Norte de Minas, Carlos Viana explicou que a produção de energia solar na região seria fundamental para o desenvolvimento da agricultura. “O grande problema para os produtores rurais é o preço da energia elétrica necessária para a irrigação. A única solução é a energia solar, que vai baratear a conta, aumentar a capacidade de produção e, consequentemente, alavancar o desenvolvimento de toda a região”, dizia o senador Carlos Viana, em 2018.
Dados divulgados pela Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostram que o estado de Minas Gerais é líder na geração distribuída de energia solar, com 2.330 sistemas fotovoltaicos instalados. O número total no Brasil é de 11.400 sistemas. Minas Gerais tem ainda quatro parques solares entre os maiores do Brasil: Complexo Solar de Janaúba, Complexo Sol do Cerrado (Jaíba) e Complexo Solar Pirapora. Estima-se que a energia solar em Minas Gerais gere cerca de 260 mil empregos diretos e indiretos.
A nova usina solar em Pintópolis tem previsão de iniciar as operações em 2025 e terá capacidade de produção de 105 MW (142 MWp)
Projetos em andamento
No Senado da República, o senador Carlos Viana apresentou dois projetos de leis que têm como objetivo estimular a produção de energia solar e estruturar o sistema de logística reserva dos painéis solares. O projeto 3.784/2023 inclui o descarte de painéis solares dentro da Política Nacional de Resíduos Sólidos. Com isso, fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de painéis solares fotovoltaicos devem buscar o descarte correto dos equipamentos que não estejam mais em uso. “O crescimento da energia solar no Brasil nos últimos anos, faz com que o seu descarte também seja feito da forma correta e com a possibilidade de que todos os componentes sejam reaproveitados no processo industrial ou descartados com responsabilidade em locais seguros e adequados, para impedir a poluição do meio ambiente”, explicou o senador na justificativa da proposta.
O segundo projeto, PL 4063/23, determina que todas as escolas e unidades de saúde mantidas pelo Governo Federal funcionem, em no máximo 20 anos, de forma 100% com energia solar fotovoltaica. “Ao incentivar a energia limpa, estamos diversificando a matriz energética brasileira, buscando o crescimento da geração por fonte solar, olhando para o futuro e, ao mesmo tempo, preservando o meio ambiente”, ressaltou o parlamentar.
Benefícios da energia solar
A energia solar é renovável, não polui, ajuda no combate ao aquecimento global, reduz a conta de luz, tem a manutenção mínima - necessitando apenas a limpeza dos painéis -, é de fácil instalação e mais de 97% dos sistemas usados podem ser reciclados.
Foto: Agência Senado