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Em defesa e respeito à vida

Nesta terça-feira, no meu passeio matinal pelas redes sociais, observei várias pessoas comemorando a descriminalização do aborto até 24 semanas de gestação aprovada na Colômbia. A decisão foi tomada pela Corte Constitucional do país em votação com maioria simples de 5 a 4. Até então, o Código Penal da Colômbia considerava o aborto legal em três situações: estupro ou incesto, malformação do feto que inviabilizasse sua vida ou risco de vida para a mãe em função da gravidez.

Em discurso no plenário do Senado Federal, critiquei essas comemorações. Afirmei taxativamente que, nós, cristãos, 85% da população brasileira, somos contra o aborto. Nós defendemos a vida. Não devemos esquecer que um nascituro de seis meses já tem todo o organismo praticamente formado.

O Brasil tem cerca de 340 mil partos prematuros por ano. Desses, cerca de mil são prematuros extremos, ou com menos de seis meses de gestação, que têm 75% de chances de sobrevivência. O prognóstico cientifico é que de 30% a 40% desses bebês sobreviventes se desenvolvem sem grandes problemas de saúde ou deficiências.

As estatísticas mostram também que de 20% a 35% dos prematuros nessa situação têm deficiências graves, como paralisia cerebral, deficiência intelectual, cegueira, surdez, ou uma combinação desses problemas, o que exigirá cuidados médicos significativos. De 25% a 40% poderão ter deficiências leves a moderadas, tais como formas sutis de deficiência visual, paralisia cerebral leve que afeta o controle motor, asma crônica, dificuldades de aprendizagem e problemas de comportamento como transtorno de déficit de atenção.

Me comprometi a lutar contra a ampliação do aborto no nosso Brasil para além do que já está definido no Código Penal. Não daremos descanso aos preconizadores do homicídio de nascituros indefesos. Ao contrário do que dizem, não é questão de saúde pública.

O Portal G1 publicou recentemente uma pesquisa que mostra que o aborto consensual tem o apoio de apenas 31% dos brasileiros. Na Colômbia, à época, eram apenas 26% da população. E essa lei foi aprovada pelo judiciário do país vizinho, a despeito de ser repudiada por 74% da população. Para mim, qualquer tempo, a vida merece defesa e respeito.