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Congresso Nacional: Sessão solene homenageou os 75 anos do Estado de Israel

Solicitada pelo senador Carlos Viana (Podemos-MG) e pelo deputado Samuel Viana (PL/MG), o Congresso Nacional realizou, nesta segunda-feira (15), uma sessão solene para celebrar os 75 anos de criação do Estado de Israel.

Presidente da sessão, Carlos Viana elogiou as conquistas do povo israelense desde sua fundação. 

“Desde 70 depois de Cristo, quando derrotados pelos exércitos romanos, os judeus não possuíam uma terra da qual fossem soberanos. Hoje é um dos países mais bem-sucedidos da modernidade. É um estado multicultural, em que todos os cidadãos gozam dos mesmos direitos políticos e civis. Tenho grande admiração e enorme carinho pelo povo judeu” disse Viana, que é presidente do Grupo Parlamentar Brasil-Israel, instalado em fevereiro.

Há mais de 300 empresas israelenses no Brasil, uma dezena de empresas brasileiros em Israel. O fluxo cambial entre os dois países, em 2022, foi de cerca de 4 bilhões de dólares. O senador Carlos Viana ressaltou, em discurso, que a intenção é aprofundar a cooperação entre os dois países em diversas áreas. “Já temos iniciativas na área da agricultura, tecnologia da informação, segurança pública, equipamentos hospitalares entre outras. O Brasil pode aprender muito com Israel”, explicou.

A cooperação entre os dois países também foi comentada pelo embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zohar Zonshine. O diplomata sugeriu como o Senado e o Congresso Nacional podem auxiliar na aproximação entre as duas nações. “Israel um país que forneceu para o mundo inovações como o pen drive, técnica de irrigação a gotejamento, muitas outras coisas. Esta Casa pode ajudar na ratificação de acordos, defender Israel quando necessitar de ajuda, criar ambiente positivo para fazer negócio”, disse Zonshine.

Participantes da homenagem afirmaram que o passado de discriminação sofrido pelo povo judeu ainda permanece. Para o presidente da organização StandWithUs Brasil, André Lajst, negar a existência do Estado de Israel é uma nova forma de antissemitismo. Sobre a Palestina, ele disse que o povo não possui um Estado porque seus líderes têm a intenção de construir um país no lugar de Israel, “ao passo que o Estado de Israel sempre buscou a paz na região”.

“Nós estendemos nossa mão a todos estes vizinhos e seus povos, numa oferta de paz e boa vizinhança e apelamos a eles para o estabelecimento de laço de cooperação e ajuda mútua com o soberano povo judeu”, disse.

ONU

A declaração de independência do Estado de Israel, em 1948, marcou a nova fundação do país, como resultado de um plano de partilha elaborado pela recém-criada Organização das Nações Unidas (ONU). Ficou definida a separação de um território para o Estado de Israel e outro para a Palestina. Na ocasião, o brasileiro Oswaldo Aranha, que chefiava a delegação brasileira, presidiu a assembleia geral que aprovou a partilha e atuou para que fosse acatada.

Menos de 24 horas depois da formalização da independência, os exércitos de Egito, Jordânia, Síria, Líbano e Iraque invadiram Israel. Na chamada Guerra de Independência, Israel expulsou os invasores em batalhas intermitentes por um período de cerca de 15 meses. No entanto, os multifacetados conflitos com os países árabes ainda perduram.

Com informações da Agência Senado

Foto: Gerdan Wesley