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Jogos de azar, não!

Depois de aprovado na Câmara dos Deputados, o projeto de lei que que legaliza os bingos, os cassinos e os jogos de azar segue para o Senado para ser analisado. Na minha opinião, a matéria não traz nenhum benefício ao País, por isso antecipo aqui o meu voto: sou contra.

Ao contrário, podemos enumerar vários problemas que essa liberação pode provocar. A dificuldade de fiscalização de estabelecimentos de jogos de azar é um deles. Reconheço que o governo tem dificuldade de controlar atividades muito mais inofensivas, como vai conseguir fiscalizar um ramo com alto potencial de estimular – e até mesmo fazer proliferar – diversas condutas ilícitas que giram ao redor do jogo.

Outro ponto importante a ser destacado é que, em bingos e cassinos, são realizadas vultosas transações em espécie. Por meio de criativos artifícios contábeis, esse volume proporciona enorme facilidade para a lavagem de dinheiro.

Para mim, a exploração de jogos de azar não é uma atividade que possa ser avaliada meramente pelo seu potencial econômico ou de criação de empregos. Ainda que o jogo, em si, não possa ser considerado intrinsecamente degradante, ele gera situações difíceis como vícios e compulsão.

Desde 1992, o vício em jogos de azar foi incluído na lista oficial de doenças da Organização Mundial da Saúde. É uma doença que gera degradação moral do cidadão. Um jogador compulsivo não destrói apenas a si mesmo, mas causa prejuízos a toda sua família.